segunda-feira, 17 de março de 2014

Paulista de Jundiaí: Em 10 anos do céu ao inferno

Campeonato Paulista do ano de 2004. O Paulista, também conhecido como Galo da Japi, derrota a Ponte Preta de Campinas por 4x2 em Jundiaí-SP e se classifica heroicamente para as semifinais do campeonato. Seu adversário era o Palmeiras embalado pelo acesso no ano de 2003 para a Série A do Brasileirão. Antes de falar das semifinais, vamos voltar um ano no tempo.

No dia 1 de agosto de 2003, Paulista enfrentou o Palmeiras por jogo válido pela Série B do Brasileirão. Um jogo duríssimo em que o time da casa abriu o placar e o alviverde só conseguiu a virada no final do jogo. Uma prévia para as semifinais do Paulistão 2004.

O primeiro jogo foi no Estádio Palestra Itália em que o resultado final foi um empate de 1x1, com grande destaque para o goleiro Márcio, uma verdadeira muralha que fechou o gol no Parque Antárctica. Mas esse jogo não foi tão bom... quanto o segundo jogo das semifinais!!!!

Dia 4 de abril de 2004, em Araras, no Estádio Hermínio Ometto, um jogo eletrizante! O time de Jundiaí abriu o placar com Galego logo no começo com uma cobrança muito forte de falta, mas que o goleiro Marcos deu uma aceitada. O time de Jundiaí chegou a abrir 2x0, mas Vagner Love descontou no fim do primeiro tempo, decretando placar e classificação parcial em pró do time de Jundiaí. Verdão de volta pro jogo? NÃO! Canindé fez 3x1 para o Paulista. Classificação definida? TAMBÉM NÃO!!! Elson bateu pênalti para o Palmeiras e diminuiu para 3x2. Até que aos 48 do segundo tempo, uma falta na entrada da área era o prato feito para o Palmeiras. Pedrinho foi o encarregado da cobrança e, como diria o narrador Silvio Luiz: "passou azeite na criança (bola)" e CAIXA! 3x3 e decisão nos pênaltis!

Nos pênaltis, a maior indefinição também! Palmeiras chegou a liderar por 4x2. Era só Élson e Lúcio, pelo menos um dos dois marcar. Porém, lá estava Márcio, o herói do primeiro jogo. Segurou os dois batedores e o time de Jundiaí levou a decisão para as cobranças alternadas. Tudo ia bem até que Nen, zagueiro do Palmeiras, achou que era Roberto Baggio! E bateu o pênalti exatamente IGUAL ao Roberto Baggio em 1994. O jogo era em Araras, mas a bola deve ter parado em Jundiaí!!! NÃO! Quem parou em Jundiaí foi a classificação para a decisão de 2004 contra o São Caetano.

Na final, a equipe de Jundiaí perdeu para o São Caetano que na época era comandado por Muricy Ramalho.

2005 - Um ano histórico

Devido a boas campanhas no estadual, o Paulista conseguiu disputar a Copa do Brasil de 2005, sendo um dos azarões. Contudo, em 2004, o Santo André também era azarão e calou um Maracanã lotado! Com essa filosofia, a equipe do interior paulista foi comendo pelas beiradas, bem quietinha. Deixou para trás times tradicionalíssimos como Cruzeiro e Internacional de Porto Alegre e enfim, chegou na decisão contra o Aladdin, digo, Fluminense que não ganharia NEM NO TAPETÃO AQUELE TÍTULO!

Primeiro jogo em Jundiaí (15/06/2005) terminara 3x1 pra equipe do interior. Mas nada de euforia! Devido ao regulamento, levar gols em casa poderia prejudicar a equipe no segundo jogo.

O segundo jogo foi no estádio de São Januário em 22/06/2005. Estádio do Vasco da Gama (será que foi por isso que o Flu foi vice?). O Paulista segurou o adversário por todos os 90 minutos. Ganhou o título no campo e a vaga na Libertadores; se bem que ganhar no campo do Fluminense é fácil né? Quero ver no tribunal! Nesta equipe campeã estavam o goleiro Victor e o zagueiro Rever, hoje no Atlético-MG.


 
 
 
2006 - A Libertadores da América

A equipe acabou eliminada na fase de grupos, mas conseguiu um feito heroico: venceu o River Plate-ARG por 2x1. Vencer o River nem todos os times da capital paulista conseguiram. Nesse mesmo ano, só não conseguiram subir para a elite do campeonato brasileiro, pois o América-RN empatou com o Atlético-MG na última rodada e garantiu o acesso. Na segundona de 2006, destaque para a goleada de 9x0 no Paysandu - PA.
 
 
A partir de 2007, a equipe começou uma má fase. Caiu para a terceira divisão do brasileirão e começou a fazer campanhas regulares a ruins nos campeonatos estaduais. Antigamente dificílimo de ser batido em Jundiaí, não passou a assustar tanto mais seus adversários. No Paulistão 2010 escapou do rebaixamento apenas na última rodada ao vencer o Palmeiras por 3x1.


Em 2011 chegou a conquistar a Copa Paulista ou Copa FPF. Passou o trator no Velo Clube nas semifinais e depois acabou derrotando o Comercial de Ribeirão Preto na grande decisão.

Em 2013, beirou a zona da degola, escapando do rebaixamento por apenas um ponto.

Em 2014 não teve jeito. Uma campanha pífea com apenas 2 pontos conquistados até a 13ª rodada, ou seja, NENHUMA vitória até então decretou o rebaixamento da equipe de Jundiaí para a Série A2 de 2015. Um feito muito triste para uma equipe que não por um dia, mas sim por anos, ofereceu sérias dificuldades aos grandes de São Paulo, do Brasil e da América do Sul! Só resta agora recolher os cacos o mais rápido possível para que o Galo da Japi volte a brilhar... quem sabe internacionalmente de novo. Quem sabe, voltar a habitar o céu, mas dessa vez, sem voltar ao inferno.

3 comentários:

  1. Sensacional o texto! inspiradíssimo!
    glorioso etti jundiaí!
    vc não falou das conquistas da copa FPF nos anos 2000 e 2010!!

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    1. Obrigado por lembrar Escolas de Sampa!
      Na verdade, foi a copa FPF de 2011!

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  2. Em 2000 ñ ganhou também??
    O estádio Jayme Cintra é do Etti ou da. Cidade?

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