Rio Claro 1x1 XV de Piracicaba

 

Caros leitores, na 12ª rodada teve um verdadeiro clássico. Clássico do interior protagonizado pelo Rio Claro FC e o EC XV de Novembro de Piracicaba. Para falar a verdade, o esperado era um verdadeiro jogo de desesperados, devido à proximidade de ambas as equipes em relação à zona da degola.

 

O Rio Claro estava com 11 pontos antes da partida, um ponto a mais que o XV de Piracicaba, mas nada que aliviasse o galo azul para o jogo. O nervosismo com certeza tomaria conta de todas as equipes por ali. O XV de Piracicaba vinha de uma derrota em casa, portanto, tinha e muito que buscar a vitória (algo que não acontece há 11 anos se tratando de enfrentar o Rio Claro). A tocida compareceu em bom número e acompanhou a partida. Então, vamos ao jogo!

 

 

O JOGO

Apesar de estar jogando fora de casa, o Nho-Quim apresentava mais tranquilidade no começo da partida. Parecia mais objetivo e determinado a conseguir três pontos. O Rio Claro apenas se encarregava de destruir as jogadas piracicabanas (com sucesso, é verdade!). Aos poucos, o time de Estevam Soares foi se soltando na partida levando alguns perigos para o gol do goleiro Roberto. Tal goleiro que se preocupou mais em fazer cera o primeiro tempo todo, em vez de se preocupar com o jogo. Pelo lado do Rio Claro, Jefferson Paulista não conseguia acertar UM passe no campo ofensivo e o atacante Paulinho não ganhava nenhuma bola, ou perdia depois de dar 40 toques e não passar para ninguém.

 

Em resumo, o primeiro tempo não foi grande coisa. Parecia realmente um jogo de série A2, com jogadas estabanadas e pouco objetivas. Seria o nervosismo e obrigação da vitória a qualquer custo? Bom, não sei.

 

O segundo tempo começou um pouco melhor. O XV começou melhor novamente e obrigou o goleiro Richard a fazer uma DEFESAÇA, UM MILAGRE! Uma cabeçada a queima roupa que o goleiro do Galo Azul tirou praticamente de dentro do gol. A torcida azul ficou quieta por um instante e a do XV também, não acreditando no lance ocorrido.

 

Seria mais 45 minutos de apenas destruição de jogadas e poucas chances? NÃO. O jogo de série A2 do primeiro tempo deu uma melhorada, assim como o Rio Claro. O azulão partiu para cima e começou a levar mais perigo ao gol adversário. O goleiro Roberto fez cera séria dessa vez e foi substituído. O Rio Claro então fez alterações que mostravam claramente o desejo pela vitória: Saíram Renan Luiz (improvisado de volante no lugar de Nando Carandina machucado) para a entrada de Dênis (atacante); e Jefferson Paulista para entrada de Guaru (o mito dos times do interior).

 

A partir deste momento o Rio Claro dominou a partida. Chegava bem ao campo de ataque, mas devido a uma afobação excessiva pela necessidade do resultado, as conclusões eram péssimas. O time tentava. Vinícius Bovi apoiava bem pelo lado direito, Renan Diniz pelo esquerdo, mas NADA parecia funcionar. Paulinho perdia praticamente todas as bolas e a torcida perdia a paciência com ele!

 

Quando as coisas não vão bem com bola rolando... que tal com bola parada? Sim! Guaru cobrou escanteio na primeira trave. Paulinho aproveitou a bola desviada e empurrou pro fundo das redes do goleiro XVista. 42 do segundo tempo.

 Gol da vitória??? Fim da desgraça de rebaixamento? Que nada! Quando o assunto é Rio Claro, a facilidade e a tranquilidade nunca irão acontecer!

 

Vou começar este parágrafo da mesma forma que o anterior: Quando as coisas não vão bem com bola rolando... que tal com bola parada? Sim! O Rio Claro depois do gol ficava apenas rifando a bola para o time do XV. Escanteio aos 48 minutos de jogo e Foguinho desvia de cabeça (fazendo falta em Dênis) e empata o jogo. Sensação de derrota pro Rio Claro e resultado péssimo para ambas as equipes.

 

CONSIDERAÇÕES

Diferentemente de partidas anteriores sem resultado positivo, não faltou vontade, não faltou ousadia para o Rio Claro ter saído com três pontos. Faltou um pouco mais de qualidade na finalização e maturidade para segurar o jogo sem apenas dar chutão (parecia aquele jogo de rua "rebatida"). Alê fez uma boa partida na marcação (acho que a melhor desde que chegou ao Rio Claro).

Agora uma ressalva para o Senhor Juizão, que não lembro o nome, nem quero lembrar, mas que volte pra escolinha! Primeiro tempo o XV fez cera o tempo todo e o cara me dá 3 minutos de acréscimo. No segundo tempo, o jogo foi mais corrido e o cara me dá 5 minutos! Que coerência hein? Meus parabéns! E ainda por cima deixou passar em branco uma falta no gol do XV. Espero que nunca mais volte a pisar em Rio Claro!

 

A situação agora está bem complicada para ambas as equipes. Sequencia bem difícil

Rio Claro:
Capivariano (F)
Bragantino (C)
Santos (F)

 

XV de Piracicaba:
Ponte Preta (C)
Audax (F)
Corinthians (C)

 

É meus amigos! Preparem o coração! Palmeirense que acha que sofreu em relação a rebaixamento ano passado, venha torcer pro Rio Claro em 2015! Está tenso demais...

Veja os melhores momentos da partida em
http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/futebol/campeonato-paulista/jogo/24-03-2015/rio-claro-xv-de-piracicaba/?fb_ref=Default

Crônica: Penapolense x CAL

Caros amigos leitores do blog, terça (10/03) foi um dia muito especial para o torcedor de Penápolis: o primeiro CAP x CAL na elite do futebol paulista que acontecia em Penápolis. Jogo digno de clássico pro Penapolense: estádio lotado e vibrante, provocações entre as torcidas, domínio do time da casa e de bônus, afundar o rival na zona de rebaixamento e colocá-lo em crise. Foi assim o primeiro Penapolense x CAL em Penápolis pela elite.

CAL tentou, mas não ofereceu perigo. (Foto: J. Serafim / Divulgação)

O Primeiro tempo começou e o domínio do Penapolense era visível! Com boas chances e com a neutralização feita em cima do rival, o CAP conseguiu abrir o placar somente aos 28 minutos, quando Sérgio Mota encontrou Diego Rosa na área, que escorou de cabeça sem chances para o goleiro... Festa geral para os mais de 6 mil torcedores no Estádio Tenente Carriço. Após o gol, o Penapolense não parou, teve pelo menos 3 chances claras de gol, uma com Léo, outra com Sérgio Mota e uma com Washington, mas todas sem êxito. Era visível que o Penapolense era bem melhor taticamente, fisicamente, tecnicamente e "torcidamente" e o CAL, jogando pra se defender no primeiro tempo e tentando o contra ataque, mas o Penapolense neutralizou de tal maneira a equipe da cidade vizinha, que o goleiro Samuel Pires só relava na bola quando os zagueiros tocavam pra ele ou quando os atacantes isolavam as pouquíssimas chances que o Linense criou.

Veio o segundo tempo e vimos que não ia ser diferente. Logo aos 2 minutos, Sérgio Mota cobrou falta na área e Luiz Gustavo subiu e balançou as redes do Tenentão: 2x0. A torcida veio ao delírio, o estádio literalmente tremeu. A partir daí, imaginamos que o Penapolense ia administrar, mas recuou muito. Numa cobrança de falta rápida, o CAL pegou a defesa do Penapolense desprevenida e diminui o marcador com 15 minutos. A partir daí, eles esboçaram uma reação e Samuel Pires teve que trabalhar em duas boas chances do rival, mas logo aos 18 minutos, 3 minutos após o gol do CAL, Crislan aproveita "passe" de Diego Rosa e praticamente "mata" a equipe adversária. A partir daí, foi só festa em Penápolis. Torcida provocante, time provocante e com direito a "olé" desde os 30 minutos do segundo tempo. Ainda tivemos ao menos 3 boas chances de novo para ampliar o marcador, mas não foram aproveitadas e o placar permaneceu 3x1 até o fim do jogo.

O CAL ensaiou uma reação no segundo tempo, mas nada aconteceu. (Foto: J. Serafim / Divulgação)

A fraca partida tecnicamente e taticamente da equipe do CAL facilitaram demais a vida do Penapolense que já vinha numa crescente nesses aspectos e de bons resultados nas últimas rodadas. Vimos um time que finalmente encontrou o estilo de jogo e que finalmente também, está jogando com raça e atitude. A equipe que fora vaiada contra Ituano e São Bernardo, finalmente saiu aplaudida contra o CAL. Parabenizo a todos os 6 mil torcedores que foram ao Tenentão e não pararam um só instante, principalmente a organizada do Penapolense, foi verdadeiramente um caldeirão, e felizmente, o time correspondeu e saiu com a vitória. A situação do Penapolense melhorou um pouco, o time que era 17º colocado na competição e estava na Zona de Rebaixamento, subiu para a 13ª posição, igualando a pontuação de alguns clubes acima na classificação. Agora, o CAP briga pela classificação no Grupo 4, onde está brigando diretamente com Capivariano e XV de Piracicaba, com 9 e 10 pontos respectivamente. Se o Penapolense ganhar os 3 jogos que tem em casa, contra Rio Claro, Audax e São Bento, dificilmente cai, mas pra isso, temos que manter a pegada que está sendo apresentada. Já o CAL, se afundou na vice lanterna da competição e do Grupo 3 com 6 pontos, a frente apenas do Marília, que possui 2, e deixou claro que a briga esse ano é pra não cair.

Torcida lotou o Tenentão no clássico regional. Divulgação: Facebook

Os próximos confrontos:

O Penapolense volta a campo terça feira, dia 17, onde enfrenta o Botafogo no Estádio Santa Cruz em Ribeirão Preto. O confronto é direto, pois os dois times estão na parte do meio pra baixo na tabela. O Botafogo não vem apresentando um futebol convincente igual apresentou nos anos passados e o Penapolense vem crescendo no campeonato. Jogo com cara de que vai ser bom.

Já o CAL, enfrenta o Bragantino em seus domínios. O confronto também é direto, já que as duas equipes se encontram na Zona de Rebaixamento com 6 pontos. O CAL vem de 4 derrotas seguidas, já o Bragantino venceu seu último jogo, contra o Marília, pelo placar de 1x0.

Respaldo: Gostaria de parabenizar imensamente a torcida do Penapolense no clássico regional. Não pararam um só minuto e lotaram o Tenentão, o transformando em um verdadeiro caldeirão. É muito difícil um time do interior colocar mais de 6 mil pessoas no Estádio, e conseguimos isso neste jogo. Nunca tinha visto o Tenentão daquele jeito, tão vibrante igual estava. Literalmente o estádio tremeu, assim como o time adversário. Festa mais que linda ontem, parabéns a todos!

Torcida fez festa linda no Tenentão. Foto divulgação Facebook - Clube Atlético Penapolense

Ficha Técnica:

Penapolense 3 x 1 CAL

Local: Estádio Tenente Carriço

Data: 10/03/2015 - 19:30

Árbitro: Aurélio Santana Martins. Assistentes: Ricardo Pavanelli Lanutoo e Maiza Tales Paiva.

Gols:  Penapolense: Diego Rosa aos 28' 1T, Luiz Gustavo aos 2' 2T e Crislan aos 18' 2T

          CAL: Wiliian Pottker aos 16' 2T

Penapolense: Samuel Pires, Arnaldo (Crislan), Leonardo, Luiz Gustavo e João Lucas; Gilmak, Fernando, Washington e Sérgio Mota (Rafael Costa); Diego Rosa e Léo (Rodrigo Souza). Téc. PC Gusmão.

CAL: Anderson, Bruno Moura, Adalberto, Felipe e Igor (Felipe Augusto); Bruno Tiago, Memo, Gilsinho, Clébson (Serginho), Diego e Willian Pottker (Gabriel Airton). Téc. Luciano Quadros.

Público e Renda: Público de 6.172 pagantes para uma renda de R$77.065,00

Série A3 - Atibaia 1x0 Juventus

Caros leitores, ontem tive a oportunidade de acompanhar um jogo de 6 pontos válido pela Série A3 (terceira divisão) do Campeonato Paulista. As divisões de acesso do Paulistão costumam ser campeonatos com qualidade técnica baixa, mas por outro lado, são imprevisíveis e com jogos bem equilibrados, aqueles que podem ser decididos nos detalhes.

 

A Série A3 conta com o seguinte regulamento: os 20 clubes jogam entre si em turno único e os 8 melhores classificados avançam para a segunda fase. Na segunda fase, são formados dois grupos com 4 equipes em cada, na seguinte formação: 1º, 4º,5º e 8º colocados e no outro grupo: 2º,3º,6º e 7º colocados. Os dois melhores de casa grupo garantem o acesso para a série A2. Os primeiros de cada grupo formarão a final em 2 jogos da Série A3, sendo que o com melhor campanha terá o direito de decidir em casa e jogar por dois resultados iguais.

 

O JOGO

O jogo tinha tudo para ser bem disputado. Era o líder até então Juventus contra o vice líder Atibaia. Não estava aquele solão de rachar dos jogos as 10 da manhã (coisa que o tal bom senso fc quase nunca se lembra neh???), estava mais fresco. As duas torcidas compareceram ao jogo, no acanhado estádio Salvador Russani, em Atibaia.

Torcida Guerreiros do Falcão - Atibaia

Torcida Setor 2 - Juventus

Nas arquibancadas, o duelo estava interessante com as duas torcidas não parando de cantar (o que já é de praxe na Setor 2 do Juventus). Mas enfim, vamos à partida.

 

O jogo começou bem equilibrado. Mas o Juventus jogava um pouco melhor. Oferecia mais perigo ao goleiro do falcão. O Juve chegou a perder um gol cara a cara com o goleiro do Atibaia. Tudo parecia bem, que o gol sairia a qualquer momento. E realmente saiu! Só que como diriam os sábios do futebol: a bola pune, ou seja, quem não faz toma!

 

Logo após perder a chance clara contra o goleiro do Atibaia, o Juventus sofreu um contragolpe muito bem armado. E Elvinho (foto) balançou as redes juventinas marcando 1x0 a favor do time local. A partir deste momento, o jogo que estava mais aberto ficou morno e um pouco chato de se assistir.

Elvinho (SC Atibaia) - Fonte: www.scatibaia.com.br

Agora o Juventus teria que partir com tudo pra cima do adversário. E o moleque travesso tentava a todos os custos furar o bloqueio do falcão. Mas o Atibaia se dedicou muito à marcação e praticamente destruía as jogadas juventinas. O time se postou muito bem organizado defensivamente e dificultou demais as criações do Juventus. A única chance clara do falcão ampliar o placar foi em uma cobrança de falta que o goleiro juventino defendeu muito bem.

 

O Juventus ainda perderia outra chance clara de gol no final da partida. O resultado terminou 1x0 para o time local que assumiu a liderança da competição. Nada de desastroso para o Juventus que segue com 19 pontos e boa vantagem sobre o 9º colocado (fora da zona de classificação). E ótimo resultado pro Atibaia que para um time recém chegado da Bezinha do Paulistão, está muito bem.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O jogo não foi lá muito bom e o setor visitante do estádio não facilita o torcedor a ver bem a partida. Mas faz parte! Pro Juventus, nada de desastroso perder um jogo fora de casa contra uma equipe bem organizada em campo. Conseguiu criar chances e faltou um pouco mais de capricho nas finalizações. Para o Atibaia, para um time recém chegado na A3 foi um ótimo resultado. É uma chance da maravilhosa cidade de Atibaia voltar a ter um bom representante no futebol.

 

De mais positivo, ficam as duas torcidas. A do Juve, como sempre, alentando durante os 90 minutos, mesmo nas adversidades e com um futebol nem tão convincente (caso específico deste jogo, pois nos demais jogos da A3, o time vem jogando muito bem). A torcida do Atibaia contava com seus trapos no alambrado e alguns tirantes. Uma equipe que não é empresa (tomara que continue assim!), e conta com uma torcida que apoiava a equipe também, bem participativa no jogo.

 

 



Crônica do Jogo: Rio Claro 0x0 São Paulo

Caros leitores, cá estou eu de volta pra falar de mais um jogo do azulão rio-clarense. Desta vez, não pude ir ao estádio Schmidtão, mas acompanhei minuto a minuto. A preliminar do jogo era a seguinte: situação delicada pro Rio Claro devido aos últimos resultados e amplo favoritismo ao São Paulo por ter o melhor ataque da competição e vir de boas vitórias.

Aí você, como bom torcedor do interior, quando vê que seu time receberá um grande pensa: "pode até não vencer, mas meu time vai dar um sufoquinho no grande". Você pensou certo, mas errado pra quem tem Buião como treinador (novamente digo que ele foi muito bem nas categorias de base do galo azul, mas precisa de menos medo de perder e mais experiência antes de chegar em uma elite profissional).

O primeiro tempo começa e pode ser resumido a uma palavra: DENGUE! Infelizmente, a cidade de Rio Claro vive uma epidemia de dengue, mas parece que a doença transmitida pelo mosquito alvinegro entrou no gramado. O primeiro tempo foi deprimente, com uma proposta claríssima do Rio Claro em segurar o empate e o São Paulo, cá entre nós, fazendo força nenhuma pra vencer. Tanto que um lance perigoso foi uma isolada do Alexandre Pato que se tivesse um avião passando perto do estádio, seria derrubado pela bola.

Intervalo e volta pro segundo tempo. As esperanças renovam. Buião soltou o time e parecia que agora sim o Rio Claro conseguiria uma boa vitória. Rodolfo (revelado pelo Rio Claro sub 20 com comando do Buião) e Paulinho (vinculado ao Corinthians) perderam chances claras. Mas é óbvio né? Não há time no mundo que consiga resolver uma partida criando duas ou três chances. Mas quem tem Buião, tem que recuar!

E foi aquele jogo horrível do primeiro tempo de volta! A bola batia e voltava pro ataque do sampa direto! Pelo menos podemos valorizar bastante a marcação, isto sim. Gilberto praticamente fechou o seu lado da zaga e Nando Carandina marcando no meio campo foi muito bem. Richard fez boas defesas, mas o ataque deixou a desejar. Guaru não conseguia encontrar jogadores que estavam mais comprometidos em marcar do que em atacar. Mas valeu pelo esforço!



Zagueiro Gilberto marcando forte o escorregador de pênaltis, conhecido como Alan Kardec

Nando Carandina foi muito bem na marcação

O São Paulo estava sem vontade também. Mal conseguiu criar chances claras de gol. Pelo menos nisso, o ferrolho azul foi bem armado. Mas não seria nenhum absurdo o Rio Claro ter jogado mais ofensivamente e ter conseguido 3 pontos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No começo do jogo, o treinador afirmou: "empate é aceitável". Acho eu que por maior ou melhor que seja seu oponente, quando você joga em casa, tem que pensar nos três pontos a qualquer custo. Essa mentalidade de medo de perder está prejudicando o time que tem calão pra ser mais ofensivo e fazer melhores apresentações. Ano passado, jogadores como o Nando Carandina (que é de marcação) também subiam para o ataque. O camisa 8 Matheus acho que pode ser mais liberado para atacar também, fazer um elemento surpresa no ataque. Pra sair vencedor de um jogo, é necessário criar oportunidades. Essa compactação defensiva em excesso vem diminuindo a criação e logicamente, as chances do Rio Claro sair com a vitória.

Para não dizer que estou apenas criticando, tem que valorizar aqueles atletas que mesmo com as limitações impostas pela dengue, entraram em campo e correram bastante! Valeu! Além disso, a marcação foi muito boa e leal (chegando junto aos jogadores do São Paulo, mas sem deslealdade ou força excessiva).

Agora não pode mais pensar em perder pontos em casa. Caso contrário, vem sofrimento de volta por aí.

Penapolense x Palmeiras

Caros amigos leitores do blog, neste fim de semana estive presente no jogo entre Penapolense x Palmeiras em Penápolis, e desta vez, crente que meu pé frio iria acabar e o Penapolense traria consigo um resultado favorável, porém, não foi isto que eu vi no Estádio Tenente Carriço. O Penapolense vinha de péssimos resultados, quando em jogos, havia somado apenas 2. Já o Palmeiras, líder do seu grupo, vinha pra jogar contra um "pequeno", ou seja, sua obrigação era vencer.

Cristaldo comemora um de seus dois gols em Penápolis (Foto: Célio Messias / Estadão Contéudo)

Rola a bola para o primeiro tempo. Jogo horrível. Penapolense errando muitos passes no meio campo e o Palmeiras sem criação nenhuma, fariam de todos os jogos que os "grandes" vieram até Penápolis, o mais feio. Numa bola distinta, Cristaldo fez boa jogada, infiltrou a zaga do Penapolense (que não está sendo muito difícil este ano) e cruzou para trás, Dudu bateu e a bola entrou depois de desviar em Cristaldo. O bandeira correu pro meio, os jogadores do Palmeiras comemoraram até que o bom árbitro do jogo, o senhor Leandro Bizzio Marinho, anulou corretamente o tento do Palmeiras, onde o Cristaldo estava impedido no momento do desvio. Seguindo o jogo, continuou a mesma coisa, jogo sofrível, porém com o Palmeiras tocando mais bolas no ataque e o fraco Penapolense não acertando os contra-ataques, até que aos 45 do primeiro tempo, a raça argentina prevaleceu e numa falha do goleiro Leandro, Cristaldo aproveitou e abriu o placar para o Palmeiras. E o primeiro tempo foi isso, nada mais e nada menos, o Penapolense errando muitos passes no meio, não acertando contra-ataques e o Palmeiras mal, com toquinhos de lado. Apenas o Dudu tentou algo mais agudo e o Cristaldo que fez poucas boas jogadas.

Dudu foi bem, mas perdeu um pênalti na etapa final (Foto: Célio Messias / Estadão Contéudo)

E vem o segundo tempo. Jogo ruim até os 6 minutos, quando Jailton derrubou Allione na área e o juizão marcou penalti. Da arquibancada, eu achei que não foi, mas analisando o lance pela TV, o árbitro acertou novamente. Dudu pegou a bola e bateu: errou. A bola toca o travessão e sai (o que mais me incomoda é o cara criticar o bom gramado do Estádio pelo erro do penalti). Depois disso, volta o cão arrepend... ops, volta o jogo ridículo das duas equipes. Dudu era o único que tentava e o Penapolense o mesmo de sempre, sem acertar nada. O CAP teve uma boa chance nesse intervalo de tempo, com Diego Rosa. Fez tudo certo, chegou na frente do Prass e ao invés de chutar no gol, tocou pra trás e a zaga do Palmeiras afastou. O lance até que animou a torcida e o Penapolense, mas em uma saída totalmente errada, o Penapolense errou outro passe, deu o contra-ataque para o Palmeiras e Cristaldo fez o segundo (pra variar em nova falha do goleiro). Depois daí, o Penapolense desesperou, moeu, e o Palmeiras aproveitou. Em bons lances, o time alviverde só não aumentou pela falta de qualidade mesmo. Enfim, 2x0 pro Palmeiras na primeira aparição do time de Palestra Itália na quente Penápolis.


Opinião:
Penapolense infelizmente briga pra não cair esse ano. Não temos padrão de jogo, não temos uma boa tática, nosso meio campo não funciona, não acertamos passe, não acertamos chutes a gol, não corremos, time sem vontade, time sem raça. Nesses últimos dois anos que o Penapolense surpreendeu, quando perdíamos, pelo menos perdíamos tentando, lutando, pressionando... dava gosto de ir ao Tenentão assistir aos jogos. Esse ano, desanima. Não temos vontade, não temos nada. Agora, é ganhar ou ganhar todos os jogos, mas os torcedores de Penápolis não estão muito otimistas não. Resta aos jogadores mudar isso. Pensar menos nos empresários e pensar mais na população que acompanha o time desde as épocas de Bezinha e afins.

Palmeiras desse ano é melhor que o do ano passado, mas ainda não se encontrou. Time ruim por enquanto, porém, quando achar alguma forma melhor de jogar e ter mais entrosamento, é um time que pode incomodar. Claro, tem algumas peças para estrearem, como Arouca, mas nesse time só o Dudu que tentou algo ontem e o Cristaldo que foi oportunista. Do resto, nada de anormal nesse time do Palmeiras.

Vídeo: TV Porco

Ficha Técnica:
Local: Estádio Municipal Tenente Carriço (Penápolis-SP)
Data: 22/02/2015, às 18:30
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho
Assistentes: Risses Jarussi Corrêa e Rafael Tadeu Alvez de Souza

Penapolense: Leandro, Arnaldo, Jaílton, Gualberto e Denner. Gilmak, Washington, Ronaldo Mendes (Wellington Bruno) e Rafael Costa (Diego Rosa). Crislan e Léo (Sérgio Mota). Téc: PC Gusmão.
Palmeiras: Fernando Prass, Lucas, Tobio, Vitor Hugo e João Paulo. Gabriel, Robinho, Allione (Rafael Marques), Alan Patrick (Vitor Luís) e Dudu. Cristaldo (Leandro Pereira). Téc: Oswaldo de Oliveira

Gols: Cristaldo (45 do primeiro tempo e 33 do segundo tempo)

Situação dos times:
Penapolense é o último colocado do Grupo 4, com apenas 2 pontos em 6 jogos, sendo que desses 6 jogos, 4 foram em casa.

Palmeiras é o líder do Grupo 3 com 12 pontos.

Crônica do jogo: Palmeiras x Rio Claro

 

Caros leitores, sou torcedor do Galo Azul rioclarense desde 2009. E no jogo contra o Palmeiras, por incrível que pareça, era o alviverde quem tinha que quebrar um tabu: nunca venceu o Rio Claro em jogos oficiais. Foram 2 empates e 1 vitória para o galo azul. Obviamente uma hora esse tabu iria acabar, mas o problema foi da forma que aconteceu.

A pressão, claro, estava sob o alviverde que vinha de duas derrotas consecutivas. Uma para a Ponte Preta e outra para o rival Corinthians. Já o Rio Claro vinha de duas vitórias: uma de virada fora de casa contra o Marília e outra em casa contra o Linense por 3x0. Em suma, o clima estava mais favorável ao time do interior do que ao alviverde.

O jogo foi no belíssimo Allianz Park em que o Palmeiras não havia vencido como mandante jogos oficiais (venceu o Audax, mas o Palmeiras foi o visitante). Era o Rio Claro começar a cozinhar o jogo e esperar que o desespero desestabilizasse a equipe do Oswaldo de Oliveira.

Começa o jogo e parece que tudo vai bem. Um certo equilíbrio e o cronômetro rodando a favor do time azul. Fernando Prass fez algumas boas intervenções na meta alviverde, e Richard também fez na meta do galo azul. O Rio Claro se segurava até os 30 do segundo tempo. Só que em vez de soltar o time pra tentar algo melhor, resolveram ficar segurando, segurando, segurando... pow! Dá um susto no Palmeiras né? Os caras estão começando a entrar numa panela de pressão e parece que não queriam tirar proveito disso!

Aí veio um lance capital. Ataque do Rio Claro e o Guaru (meia do galo azul, vulgo Riquelme do interior) tomou uma joelhada nas costas (semelhante à que o Neymar tomou na Copa do Mundo e comoveu até o vocalista do Scorpions). Mas nada de hashtags de #ForçaGuaru, etc... foi um contra ataque do Palmeiras e 1x0.

Outro lance, Guaru dribla a marcação e é derrubado na área. Mas segue o jogo e cartão pro Guarú por simulação.

Intervalo. Mais fotos do Allianz pra torcida RioClarista. E expectativa pro segundo tempo: o time vai pra cima buscar o empate.

Sinceramente, acho que o time quis buscar o empate, mas o técnico Buião NÃO! (Com todo respeito ao trabalho belíssimo que o Buião fez nas categorias de base do azulão. Mas contra o Palmeiras, comeu muita bola).

Colocou Nene Bonilha no time e esse conseguiu fica mais parado que o Fred na Copa do Mundo! Incrível como o rapaz não entrou bem no jogo.

O time que era pra buscar o empate, acabou ficando cada vez mais acuado e assistindo o Palmeiras trocar passes. Uma hora, um desses passes caiu no pé nada mais nada menos do que do Zé Roberto. 2x0.

Aí parecia que tudo estava acabado. Mas não! O Buião conseguiu ir de ruim a pior! Em vez de soltar o time pra frente, botou o lateral direito Carlinhos no lugar do ATACANTE PAULINHO! Aonde já se viu alguém querer buscar o resultado de um jogo e tirar um atacante? E obvio que tomou o terceiro gol.

Eu não ligo de perder pra time grande da capital. Mas ano passado mesmo nas derrotas contra São Paulo e Corinthians, o time jogava com coragem, ousadia, etc. O que se viu diante do Palmeiras foi um time passivo que aceitava fácil o domínio alviverde. Não mordia na marcação, esperando o adversário chegar!

Enfim, que venha o próximo jogo!

Torcida do Rio Claro FC no Allianz Parque

Jabuca Centenário! Parabéns!

Caros leitores, hoje o blog faz uma postagem em homenagem ao Jabaquara Atlético Clube, time da baixada santista de muita tradição no futebol paulista e que completou 100 anos de fundação neste fim de semana do dia 15 de novembro. Um clube sem tanto apoio financeiro chegar a 100 anos não é mole não! Você da geração moderna, conhece o Jabuca? Acompanhe a matéria com a gente!

UM POUCO DE HISTÓRIA

O clube foi fundado com o nome de Hespanha Football Club, justamente após uma reunião de imigrantes jornalistas espanhóis que se reuniram no bairro de Caneleira em Santos (bairro atual do JAC). A princípio o nome não seria Hespanha e sim Jabaquara, Nova Cintra, mas um senhor negro ex-escravo propôs o nome "Hespanhol" e assim ficou.

Até 1930, o Jabuca disputava torneios regionais e jogos contra adversários locais. Mas nessa data de 1930 a equipe encarou o primeiro grande desafio internacional. Ainda sob o nome de Hespanha, bateu a seleção de Buenos Aires por 3x2... não foi Espanha x Argentina (calmem-se!), foi Hespanha 3x2 Seleção de Buenos Aires.

Após a fundação da Federação Paulista de Futebol, em que o clube foi um dos fundadores, em 1940 a equipe já figurava nas principais competições de futebol da FPF. Esta década foi marcante, pois devido à Segunda Guerra Mundial, o clube foi obrigado a mudar o nome de Hespanha (em alusão à Espanha) para enfim, Jabaquara Atlético Clube.

O auge da equipe foi vivido entre 1940 e 1957 com jogadores tipo Gilmar, Baltasar, Getúlio, além de Filpo Nuñez também, etc. Não foi um craque, mas o atual presidente da CBF José Maria Marin defendeu as cores do Jabuca.

Devido a problemas financeiros, o clube vendeu um terreno na Ponta da Praia em Santos para sanar dívidas (não foi o suficiente). O clube acabou indo treinar em um campo no bairro de Caneleira.

Em 1963, o clube amargou um rebaixamento e a partir daí foi sofrimento até 1967 quando a equipe desistiu do profissionalismo e se dedicou à categorias amadoras. O clube só regressou às competições da FPF em 1977 na terceira divisão (Série A3).

Disputando divisões inferiores do campeonato Paulista em 2002, 2003 e 2004, o Jabaquara fez parceria com o Litoral Futebol Clube, projeto social idealizado pelo Rei Pelé.

ESTADIO

O Clube manda seus jogos no Estádio Espanha no bairro de Caneleira, Santos-SP. O estádio possui capacidade pra aproximadamente 9 mil expectadores.

RIVALIDADES

Por muito tempo, o Jabuca foi rival local do Santos Futebol Clube. Mas com a sua decadência, atualmente seu principal rival é a Portuguesa Santista com quem faz o "clássico das praias", da mesma cidade de Santos-SP.

MASCOTE

Devido às campanhas de destaque após sua fundação, a equipe ganhou o apelido de "Leão do Macuco", e o mascote acabou virando o leão. Hoje, é conhecido como Leão da Caneleira.

JOGADORES IMPORTANTES

Gylmar dos Santos (bicampeão mundial pela Seleção)

Baltasar
Getúlio
Célio
Feijó

JOGADORES ATUAIS REVELADOS

Rodrigão (ex- Palmeiras e Vitória)
Rubens Cardoso (ex- Palmeiras, Botafogo - SP, Internacional, etc.)


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista Jabaquara, Santos FC e a Portuguesa Santista pode-se concluir que a baixada já teve um enorme polo futebolístico de destaque. Infelizmente, as dívidas andam falando mais alto do que a tradição e a história de clubes como o JAC. Um dia, quem sabe, ele volte a brilhar!